segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O nome

O nome gritado da lama. Loucura é ópio, incenso, pena e perfume. Transgridem meus olhos e perdem os céus. Os seus. Seu nome. Um nome é fome de sentido. Nome se rende abstracto. Nome anti-libertação. É medo de tocar os céus. Em transe reencontro a que fui quando não era. Em êxtase encontro o nome que era meu e desaprendi a dizer. Corro para lembrar das minhas asas. Fujo para ser encontrada pela outra face da imagem que perdi. Espelho. Projeto no outro o outro que sou, que fui, que queria ser. Todo amor é uma projecção. Toda imaginação é uma lembrança de uma coisa outra que era. É o nome lembrado e cuspido na lama.

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