quinta-feira, 9 de maio de 2013

Dos monges

Sub-amores olham através das janelas com cortinas entreabertas seu copo de veneno cotidiano passar. Venta. O chapéu que voa solto pelo ar conhece mais histórias sobre vontades entardecidas do que pensávamos. Mato-me mais uma vez para dar sentido à existência. Não aprendi nada no espelho das lamentações. Eiras e beiras continuam perdidas na gaveta da antiga escrivaninha. Não lembro onde começa a história. Línguas se apressam a falar do que não sabem. Uma moeda por teu silêncio! Uma moeda por teu silêncio! É pecado por a culpa no pecado. Não confio em quem me tenta roubar a liberdade. Fragmentos de vento contam suas memórias às janelas abertas. Não sei como se comportam as paisagens. Não suplico por folhas caídas. Cada vela apagada é um livro terminado. O cheiro do eco das manhãs continua a atrair olhares complacentes. Deixo que teu castigo seja a minha indulgência. O sino não fez das pedras mudas. Um corpo sem marcas é um espírito sem vida. Não há verdade em quem tem medo do fogo. Palavras frívolas são como mantras que fazem minha mente viajar para outros universos. Sete arranhões cicatrizados antes do vento apagar a última vela. Nada é tão cataclísmico depois de uma noite de sono. Bons sonhos! Que o santo ventre da terra te seja acolhedor!